quarta-feira, 26 de março de 2008

007 Cassino Royale

Comentar sobre o personagem mais famoso de Ian Fleming não é nada simples, haja visto que desde sua primeira aparição cinematográfica, 007 contra Dr. No - 1962, até os dias de hoje somam-se 21 filmes, protagonizados por diversos atores, dentre eles: Roger Moore, Sean Connery e Pierce Brosnan. Assim, todo o cuidado é pouco na hora de apurar os fatos.

Neste 21º filme, Bond, interpretado pelo britânico Daniel Craig, precisa impedir que o banqueiro Le Chiffre (Mads Mikkelsen) continue financiando atentados terroristas, para isso James participa de um jogo de pôquer no Cassino Royale em Montenegro. Por trás desta trama existe o fato de que James foi recém promovido ao cargo de agente "00", cometendo vários deslizes para poder aprimorar sua conduta no MI-6.

Diferentemente dos anteriores, esta película demonstra novas características que podem servir como fatores determinantes para o sucesso da mesma. Mas também apresenta a ausência de situações e personagens tradicionais, que talvez possam vir a torná-la decepcionante para os fãs mais fervorosos. Como as ausências dos personagens Q, interpretado por Desmond Llewelyn e falecido antes do lançamento de 007 - O Mundo não é o Bastante e R (Jonh Cleese), que participa dos 007 - O Mundo Não é o Bastante e 007 - Um Novo dia para Morrer, que eram responsáveis pelo alivio cômico destes filmes, o que não os impediu de serem descartados neste último. Outro ponto a se destacar é a falta (justa) de cenas mirabolantes e extremamente inverossímeis como a passagem inicial de 007 Contra GoldenEye e, por fim, o fator chave de todo James Bond, que é seu charme, foi totalmente perdido neste filme, não que o diretor e o roteirista não o tenham incluído no filme, mas sim pelo pela incapacidade de Daniel Craig em demonstrar o mesmo sex appeal que seus predecessores.

Mesmo com essas mudanças, diversos elementos clássicos continuam: as estonteantes Bondgirls,que em Cassino Royale são interpretadas por Caterina Murino e Eva Green, além do vilão-aberração (cada filme da série tem o seu). Neste ele chora sangue.

Os erros primários do agente, seu anseio por matar inimigos, sua impulsividade ao tomar decisões (o que quase o matou) e sua ingenuidade, que o torna alvo de traições, são evidentes desde o início da projeção. Bem como sua resistência em aceitar tais erros. E são exatamente os erros que o levarão para a missão central do filme, bem como o arrastarão ao seu desfecho.

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